quarta-feira, 3 de setembro de 2014

UMA BARRA SEM ESTACIONAMENTO

Nem tudo é perfeito! Esta é uma máxima tradicional, quase uma verdade. A revitalização da Barra foi extraordinária, mas não perfeita. Provocou determinados problemas de acesso aos trechos reformados. Não há como estacionar nem nas proximidades.

 Estacionar?! Sim, infelizmente vivemos atualmente numa sociedade que depende de circulação de veículos para nos aproximarmos dos locais aos quais desejamos ir. Irrefutável!

Antigamente não era assim. A Salvador dos anos 1550/1600 não havia essa necessidade. Praticamente se ia a pé para todos os lugares que se queria ou se fazia necessário: o local de trabalho, a escola, a igreja, desde que tudo era perto. Mesmos as liteiras usadas geralmente por personalidades eram conduzidas por gente a pé.


Com o passar do tempo, as liteiras ficaram mais rápidas com o uso de cavalos e burros para se mover de um lugar para outro, mas quase sempre alguém vinha a pé dirigindo a peça.



Ai as cidades cresceram e as distâncias entre os diversos lugares ficaram enormes, gigantescas às vezes, que não dá para se ir a pé.

A exceção dos moradores das ruas beneficiadas, os demais, toda a cidade, necessita de um transporte para se aproximar da Barra e não se diga ou não se queira que todo mundo vá de ônibus. Acabou esse tempo. Usa-se mesmo o carro de todos os dias que vai ao trabalho, a escola, à igreja e a Barra, que ninguém é de ferro. Está muito bonita.

Engrossando esse caldo, há os que têm pranchas para surfar; caiaques para remar; Jet-skis para dar piruetas e tantas outras coisas que um lugar como a Barra pede que se use. Como fazer? Não tem como se aproximar do mar.


Há ainda um lado mais sério. As casas comerciais, os restaurantes, os mini-shoppings, os salões de beleza, todo o pequeno negócio que as ruas da Barra possuem antes mesmo de as obras começarem, estão sendo prejudicados pela diminuição da circulação de carros e estacionamento dos mesmos.

E não se enxerga uma solução imediata para o problema. Poder-se-ia fazer algo como aconteceu na Copa. O uso de estacionamentos periféricos e ônibus para transportar os ocupantes de cada carro. E as pranchas, os caiaques , os Jet-skis? Para esses não tem jeito. Terão que ir para a Ribeira.




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