sexta-feira, 30 de agosto de 2013

LAPINHA - O PRESÉPIO DE SALVADOR

Apenas um corredor separa a Soledade da Lapinha, e não se nota no mesmo os velhos e enormes casarões localizados naquela ladeira: apenas casas de um só andar ou construções dos tempos atuais.

Isso denota que  o local era pouco habitado no principio do século passado e quando o era tratava-se de casas de pessoas de poucas posses, desde que os “barões” e donos de escravos geralmente moravam  em grandes imóveis. 

Rigorosamente, este acesso era praticamente um caminho, possivelmente pouco usado em meio a uma mata fechada.
Então como se explica de que forma a igreja da Lapinha datada de 1791 recebeu o material para a sua construção?

Em verdade, só tem uma explicação: pela Ladeira da Lapinha que desemboca na hoje Avenida Jequitaia. Naquele tempo, entretanto, o local era uma enseada, desde que o mar chegava nos costados do morro. Ali aportavam os saveiros que abasteciam essa parte da cidade.

Certamente por ai as pessoas que moravam na Lapinha subiam e desciam por essa ladeira.

Corredor da Lapinha - Antes era um caminho penoso



A ladeira desembocando na Jequitaia
Antigo forte da Jequitaia na Enseada da Jequitaia


Largo de hoje

Largo antigamente

Largo visto do alto

Pavilhão do Caboclo e da Cabocla


A bela Igreja
Interior 
A igreja vista da Cidade Baixa

O Dia de Reis - 6 de dezembro é comemorado no Largo da Lapinha. Dezenas de ternos desfilam em seu espaço:

Terno de Reis

As grandes festas de 2 de Julho, Independência da Bahia, começam na Lapinha de onde saem os carros da Cabocla e do Caboclo:


A grande festa da Bahia

As tropas libertadoras da Bahia passaram pela Lapinha. Dai a razão do busto do Gal. Labatu no local:

Gal Labatut

-Por fim, o que significa Lapinha? 

- Não poderia ser outra senão PRESÉPIO

LADEIRA DA SOLEDADE E O SEU GRANDE CONVENTO

Este blog retoma o crescimento de Salvador em direção ao norte da cidade. Vimos, ate então, os avanços desde a Praça da Sé, Pelourinho, Taboão e Pilar e, em seguida, subindo para Santo Antônio Além do Carmo e alcançando as colinas do Barbalho.

A exceção desse último, em todos eles, esse avanço teve uma sistemática, ou seja, uma forma de proceder ou acontecer:  faz-se uma igreja ou um convento e o povo vai atrás, naturalmente sob a proteção das fortalezas em torno dando a segurança necessária.

Quando dissemos acima que o Barbalho foi uma exceção, justificamos a exclusão pelo fato de que foi  o único lugar onde não se construiu uma grande igreja ou convento na parte que hoje é o bairro, ou seja fundamentalmente, Ruas Siqueira Campos, Professor Palma, Tales de Freitas, Eng. José Pimenta Bastos, Rocha Leal, Praça do Barbalho, Jardim Esperança, Novo Barbalho,  Lanat e Macaubas.

Enquanto isto se construiu no bairro um dos maiores fortes de Salvador, ou seja, o Forte do Barbalho que proporcionou a segurança necessária para a expansão da cidade em direção à Soledade e à Lapinha.  Ai sim, nessas localidades, surgiram a Igreja e Convento da Soledade e a Igreja da Lapinha.

Forte do Barbalho
Visto do alto.


A chamada Soledade de Salvador não pode  ser considerada rigorosamente como sendo um bairro. Trata-se de uma ladeira e ao seu final um largo.


Quase toda a ladeira tem nos dois lados grandes prédios construídos ainda no século XIX e principio do século XX, a maioria em péssimo estado. Nenhum governo tratou dessa área em qualquer tempo. 

Logo no principio da ladeira, à sua esquerda



No restante da ladeira
Os novos moradores quando se apossam dos mesmos “inventam” reformas horrorosas, inclusive aquelas de construírem sobre o ultimo andar uma extensão completamente  fora de qualquer padrão.

Reforma!


Neste caso, fizeram um acréscimo sobre o belíssimo prédio à esquerda.

O que ainda salva a “bela” ladeira é o Convento e Igreja da Soledade à direita de quem sobe, sempre bem cuidado.
Igreja e Convento da Soledade



Destaca-se nesse praça o monumento dedicado à Maria Quitéria, a grade heroína da Bahia

Nossa Senhora da Soledade

"A devoção à Nossa Senhora da Soledade tem origem no encontro de Maria com seu filho Jesus, a caminho do Calvário.  Ao ver o amado Filho carregando a pesada cruz, torturado e sofrido, coroado de espinhos e ensangüentado, a dor da Mãe de Deus foi tão profunda que nos faz refletir até hoje sobre as nossas próprias dores.

A Virgem Dolorosa recebeu então a denominação de Senhora da Soledade, palavra derivada do latim, que significa solidão, tristeza e saudade; sendo também venerada sob diversos nomes como: Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto

Maria chorou por seu Filho inocente, que era levado à morte; e nos ensina, com sua dor, que também podemos suportar nossas dores."

Escrito dos entendidos! Referendamos!


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

SIRIA COLOCA O MUNDO EM PERIGO

Mais uma intervenção desse blog nas coisas desse mundo conturbado. Já tínhamos avisado que, a qualquer momento, sairíamos da linha mestra que estamos seguindo – História da Cidade de Salvador-  Cidades Baixa e Alta – caso algum assunto importante esteja ou venha a acontecer. É o caso presente: a morte de um milhar de pessoas no Egito por gás venenoso.

 Culpa-se o governo daquele país. Por outro lado, alguns setores da imprensa envenenam a noticia dizendo que foram os próprios rebeldes os autores da chacina. Não acreditamos e se for verdade, esse pessoal não está capacitado para assumir a direção daquele País, desde que seriam piores do que o atual ditador.



Ante esses acontecimentos, os Estados Unidos reagem e ameaçam uma intervenção militar no Egito. Por muito menos o fez no Iraque, quando se desconfiava  que Saddam Hussein tinha armas químicas e não tinha. Resultado: após a invasão relâmpago e vitória, o homem foi enforcado às vistas do mundo inteiro, desde que a cena foi mostrada na televisão.

  Todavia, a situação d’agora é muito mais complicada do que se imagina. A Rússia e a China estão do lado do ditador egípcio.  Não se sabe qual será a reação desses países, caso os Estados Unidos resolvam intervir.

Não acreditamos que enviarão tropas para combater os americanos. Poderão talvez enviar material bélico, (aliás, já devem estar fazendo) mas, o mais provável que irá acontecer serão os protestos na ONU, os debates a respeito, a chamada guerra dos bastidores diplomáticos com a televisão transmitindo ao vivo.

Não acreditamos que, mesmo na área comercial, de mercado, haja suspensão de importados e exportados, desde que esses setores já são vitais para qualquer lado, absolutamente irreversível, intocável, por assim dizer.

Como se pode notar, o Presidente americano está diante de uma situação dificílima: ataca ou não ataca. Será que está dormindo bem? Como estará o seu humor? É uma carga emocional enorme, como nunca se viu na história da humanidade.

Obama

O caso atual nos faz lembrar a decisão que o Presidente Harry Trumann resolveu tomar a autorizar o lançamento da primeira bomba atômica sobre o Japão. Na oportunidade ele disse:

Truman

 Usamos a bomba para encurtar a agonia da guerra, para salvar milhares e milhares de vidas, em especial de soldados americanos. Você deve notar que a primeira bomba atômica foi lançada contra Hiroxima, uma base militar. Isso foi feito porque queríamos evitar ao máximo a morte de civis. Não queríamos destruir ou escravizar o povo japonês. Mas ainda enfrentávamos uma poderosa máquina militar. E não devemos nos esquecer de Pearl Harbor. Foram eles que cometeram aquele ataque infame. Os mesmos japoneses ordenaram a marcha da morte de Bataan. Os mesmos japoneses praticaram os bárbaros massacres de Manila. O mal cometido pelos senhores da guerra do Japão jamais será reparado ou esquecido. Mas agora seu poder de destruir e matar, foi tirado deles”.




Estaria o Presidente Obama pensando a mesma coisa: “salvar milhares de pessoas”. 

Parece que sim. Se a tal da “arma química” se generalizar, vão morrer não milhares de soldados americanos, mas milhões de pessoas em todo o mundo. Será o próprio fim do mundo, porque poderá ser inventado algo em cadeia se propagando ao vento de todos os lados do Universo.

Nesse sentido, os Presidentes da Rússia e da China deveriam pensar um pouco mais e mudar a posição que estão tomando de apoio ao ditador sírio. Por essa razão, ele está se sentindo o todo poderoso ao ponto de enveredar pelo caminho tortuoso que está tomando. Para o bom entendedor ele está “avisando” do que é capaz. Em tese, está perdendo a guerra e se tal acontecer, vai ao delírio de acabar com o próprio mundo ou grande parte dele. 

Ele não é nenhum Sadam Hussein que inventou uma história. Ele está falando a verdade e já deu provas disso. Será que ninguém percebeu isto?

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

NOVO CAIS DA BAHIA MARINA - A OBRA TERIA SIDO EMBARGADA?


É inusitada a foto acima. Está se fazendo um novo cais ao lado da praia da Preguiça, cais este projetado a partir de um antigo trapiche que existe ao lado. Nesse trapiche funciona hoje um restaurante famoso – Amado-  o qual, por circunstâncias que se desconhece, permitiu o inicio do referido cais como que saindo de suas paredes.

O referido cais vai aumentar a capacidade da marina em mais 200 lanchas, contudo, há um senão nessa expansão: está prejudicando  o resto de praia que ainda existe no local.

Olhando a foto acima, sente-se que a pequena praia ficou como que sufocada, comprimida entre dois paredões: ao seu lado esquerdo, o velho trapiche; e a sua direita, o paredão de um estacionamento suspenso da referida marina.

Quando as obras tiveram inicio, o avanço das mesmas foi frenético. Em poucos dias o cais avançou mar à dentro  com uma velocidade fora do comum. Parece que temiam qualquer medida suspensiva por parte do governo ou de quem quer seja.

É! Parece que foi isso que ocorreu. A construção parou no meio do caminho, mas como acontece com a maioria desses processos, praticamente o faltoso é penalizado apenas com a suspensão (embargo) da obra, isto é, não se obriga a refazer o local deixando-o como era, desde que, geralmente há os recursos impetrados na Justiça 
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Aliás, foi assim que aconteceu quando da construção da própria Bahia Marina. Houve diversos embargos, mas ao final conseguiram o Alvará de Funcionamento.

Nesse sentido, o vereador Hilton Coelho (PSOL) encaminhou representação ao Ministério Público na Bahia cobrando providências contra essa obra. Segundo ele, a a obra implica o aterramento de parte da Baía de Todos os Santos por meio de concreto e pedras, interferindo  no eco-sistema da região o que pode causar danos irreparáveis ao mesmo. Segundo o vereador, as obras tiveram inicio no período pre-carnavalesco quando a cidade estava mobilizada na sua preparação. Em outras palavras, na surdina, possivelmente até à noite quando a cidade dormia.



A foto acima dá uma melhor ideia do que está acontecendo.à esquerda a prainha que está sendo sacrificada. 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

MÉDICOS CUBANOS NO BRASIL -O MUNDO ESTÁ ACOMPANHANDO

Fala-se ou diz-se nas redes sociais e outros meios de comunicação que os médicos cubanos que virão para o Brasil, inicialmente cerca de quatro mil profissionais, terão um salário de dez mil reais, o correspondente aproximadamente a 4 mil dólares e que, a maioria irá trabalhar no interior do Brasil em cidades mais carentes.


Em tese, a simples presença de um profissional com esse padrão de salário, iria proporcionar ao município onde eles vão clinicar, expressivos ganhos de consumo, além, naturalmente, dos benefícios à saúde da população da localidade.

Em tese, é bem o termo, porque na verdade, todo o salário do profissional será transferido para a Cuba e serão os seus governantes que ao seu critério, estabelecerão quanto cada profissional irá ganhar.

Esse sistema não deixa de ser insólito e segundo muitos tem características de um trabalho escravo, absolutamente inaceitável segundo a nossa constituição.

Por outro lado, em vez do profissional gastar na cidade onde irá clinicar (ganhos de consumo), esse sistema provocará significativa evasão de divisas para o País todo mês, a se confirmar a vinda de quatro mil profissionais daquele País.

Havana

Independente dessa situação um tanto quanto estranha de forma de remuneração, toda a imprensa e os meios médicos discutem se é válida a importação desses médicos para trabalhar em cidades do interior do País onde não existe nenhum médico brasileiro, seja que salário a Prefeitura ou mesmo o Governo Federal queiram pagar. A maioria alega que falta o mínimo de estrutura para o profissional trabalhar, inclusive remédios.

Sem dúvida que esse argumento é bastante procedente, mas não estamos crendo que o Governo brasileiro seja tão irresponsável, para não dizer inocente, de mandar um profissional para determinada cidade e deixá-lo sem condições mínimas de trabalho por falta de instalações, remédios, etc...

Alguma coisa deve está sendo preparada para que tal não aconteça, porquê do contrário, estaremos numa situação perante o mundo absolutamente inaceitável. Sim! o mundo deve estar acompanhando esse movimento, principalmente os setores médicos.

Nesse sentido, ficamos mais tranquilos no dia de ontem quando, pela TV o presidente do Hospital Albert Einsten disse que é válido a vinda dos médicos estrangeiros para o Brasil.

Claro que estamos crendo que uma pessoa como esta, com sua responsabilidade, deve estar ao par de medidas complementares para o sucesso da importação dos médicos do exterior. Tomara!



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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

ALAGADOS - MAIOR QUE O ANTIGO ITAPAGIPE

Em postagem anterior abordamos os Alagados de Itapagipe. Teve inicio em 1953, logo, 60 anos atrás. Andamos pelas suas ruas e bêcos. Fotografamos seus prédios, muitos deles de quatro andares o que não deixa de ser uma surpresa, desde que, pelo que se  sabe, o bairro é eminentemente da classe baixa. Em verdade, esperava-se fileiras de pequenas casas de um só andar, modestas, sem pintura, que nem aquelas que vemos nos morros da cidade com os tijolos expostos. Diz-se que, no caso, houve exploração imobiliária.
Também se esperava que tivesse havido um planejamento por parte da Prefeitura quando retirou todas as palafitas e aterrou o local com areia. Poderia ter feito um bairro bem organizado dentro de uma órdem urbana moderna e atualizada. Mas não! Cada morador fez o que quiz, ao léo.
Dai surgiram becos e travessas inimagináveis em qualquer cidade organizada, verdadeiros corredores poloneses quando se quer fazer referência a lugares estreitos e até perigosos.
Em termos de complementação desse trabalho, vamos mostrar os Alagados do alto, via satélite do Google Earth.
Inicialmente, uma foto de como é a Itapagipe de hoje, sem nenhum retoque:


Com base nessa foto, vamos determinar a área hoje ocupada pelos Alagados:


 A parte azulada era o mar que foi tomado pelo chamado Alagados. É muito maior que o antigo Itapagipe.É fácil perceber.

ALAGADOS DE ITAPAGIPE 60 ANOS


Os Alagados de Itapagipe tiveram inicio em 1953, logo 60 anos atrás. Àquele tempo, a Rua Domingos Rabelo, hoje Av. Porto dos Mastros, era uma rua tranqüila à beira da Enseada dos Tainheiros que, caprichosamente chegava até ali. Era ou é o trecho entre o Largo do Papagaio e principio da Ribeira.   Desse ponto em diante até o Porto da Lenha o governo havia feito um cais de contenção. Esqueceu ou não quis fazê-lo no Porto dos Mastros, o que ensejou ou facilitou a invasão do seu espaço por milhares de pessoas com o fito de construir um sem número de palafitas.

A marcação cor de abóbora é o trecho com cais de contenção (Ribeira-Porto da Lenha).
A marcação roxa era o trecho sem cais (Av. Porto dos Mastros)
Do dia para a noite o cenário dessa rua modificou-se drasticamente. Seus antigos moradores, a maioria proprietária de belas residências, ficou sem a vista da enseada e o sopro dos ventos vindos do leste da cidade. Inesperadamente, tinham como vizinhança uma enorme favela chamada  Alagados.  Em conseqüência o valor dos seus imóveis caiu a quase zero, desde que a maioria abandonou suas residências ou as vendeu por valor irrisório.




O novo cenário - Palafitas dos Alagados - Uma favela em cima do mar

Daí em diante, as palafitas avançaram mar à dentro e ameaçavam juntar-se com o outro lado da bela enseada. Tal não aconteceu por que entre os dois lados existe um canal com uma boa profundidade e se tornava impossível fincar os paus de sustentação dos barracos. Não fosse isso e a “coisa” seria pior.


Após a consolidação de seu espaço e sua irreversibilidade, o governo resolveu aterrar o local com areia. Para tanto, instalou uma draga na ponta da Penha e essa areia foi canalizada para o Porto dos Mastros numa operação gigantesca, tanto quanto perigosa.
Perigosa?! Sim. Parece que não houve um estudo sobre a influência dessa dragagem ao eco sistema do local. Em conseqüência, formaram-se praias em diversas partes da Avenida Beira Mar e até no Porto dos Tainheiros. Ainda bem, mas poderia ter causado sérios problemas inimagináveis. Não se brinca com a natureza!


Aterro com areia da Penha - Foram milhões de metros quadrados,

Nova Praia - Av. Beira Mar
Nova praia - Tainheiros


A ponte ficou sobre a praia

Nesse último caso, se a ponte da Crush estivesse funcionando, a empresa que lhe servia poderia pedir uma indenização milionária.Não é verdade?

Decorridos 60 anos  é claro que é grande a curiosidade de muitos de relação ao resultado do aterro, ou seja, como ficou o bairro, sua  ordenação, sua organização, essas coisas próprias de uma situação como esta em que se parte de zero estágio. Tiveram uma chance extraordinária de fazer algo muito bom.
Que nada! Cada morador das antigas palafitas fez sua nova residência ao bel prazer, como se constuma dizer. As ruas não tiveram nenhuma ordenação. Não se fizeram praças. Não se plantaram plantas.  Não se fez nada, enfim. Vamos dar dois exemplos significativos logo abaixo:




No primeiro caso, uma rua é interrompida  com a construção de uma residencia ao fundo (verde claro). No segundo, vê-se dois prédios separados por um espaço de cerca de 1 metro ou menos, ou seja, o sumo da improvisação.
 Estes também não quizeram juntar


Esquina do peixe



Pequeno comércio


Corredor polonês - Não se pode admitir tal coisa.


Antigas moradias à esquerda - Guardando o lugar. Em tese, o espaço hoje ocupado por verdadeiros prédios, deveria ser assim.


 Coberturas e mais coberturas

Agora, vamos tratar das "coberturas". É uma característica de grande parte dos novos imóveis na zona de Itapagipe. Nos Alagados não poderia ser diferente. Tem em abundancia. No térreo, geralmente, faz-se uma loja  com duas portas;  em seguida, são feitos dois andares para moradia e por último, uma "cobertura", qause todas de  folhas de zinco ou  de amianto. Nesta última estendem-se redes de dormir ou varais para enchugar roupa. Pode-se fazer também um belo churrasco.

É de se notar a falta de árvores. As poucas existentes foram plantadas esporadicamente pelos moradores. Nota-se também a falta de praças. Em nosso périplo só localizamos apenas uma:


Uma das poucas praças dos Alagados

A conclusão a que se chega é o total descaso e incompetência  da Prefeitura na formação do hoje bairro dos Alagados, poder-se-á assim chamar. Tiveram tudo nas mãos e não souberam aproveitar a ocasião de fazer um bairro planejado, modelar. Há muitos anos atrás, nos meados do século passado, dois proprietários de terras na região da Pituba planejaram o atual bairro. Tiveram cabeça. Nossos políticos perderam uma grande oportunidade em Alagados. Agora é tarde. Inês é morta!
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