domingo, 7 de outubro de 2012

A PÉSSIMA ARBORIZAÇÃO DE SALVADOR

Seria Salvador uma cidade bem arborizada? Qual é a opinião de nosso caríssimo leitor? Talvez o morador do Corredor da Vitória  e os poucos residentes no Pilar, tenham uma opinião bem favorável e, efetivamente, esses locais são bem arborizados conforme se pode ver nas fotos adiante:





No geral, contudo, Salvador é uma das capitais de pior arborização ( Fica apenas na frente de Belém (!), Manaus (!), Brasília e São Luiz. ) Perde para as demais, como sejam:

Salvador

40,0
São Luis

32,7
Belém

22,4
Manaus

25,1
Brasília

37,2

As melhores

As melhores:

Campinas

88,4

Belo Horizonte

83,0

Porto Akegre

83,0

Curitiba

76,4

Salvador

40,0
 
 (!) Incrível como Belém e Manaus, capitais da Amazônia, a maior floresta do mundo, estejam situadas entre as piores.
(!) Também incrível a diferença de pontuação entre as primeiras colocadas e Salvador- 100%.
A observação acima (!) de relação à Belém e Manaus,  comprova que a questão da arborização de uma cidade não depende da proximidade (facilidade) com sistemas florestais. Tudo é uma questão de política ambiental, de projetos sérios nesse mister. Há muito tempo Salvador peca nesse sentido.  O que ela tinha no principio do século XX até sua metade, foi destruído, principalmente na Cidade Baixa: foram os casos da Praça Cairu; dos dendezeiros do Bonfim e dos oitizeiros da Ribeira.
Mas que importância tem uma boa arborização? –perguntariam alguns.
Tem muita. Quem responde são os técnicos no assunto. Dizem eles:
“Nas grandes cidades, elas ajudam a colorir e alegrar a paisagem cinzenta; nos campos cumpre o seu papel como elemento fundamental para o equilíbrio das espécies; em projetos paisagísticos é um fator decisivo na definição de espaços: em todos os locais as árvores colaboram não só acrescentando beleza, como também participando de maneira decisiva para a preservação de pássaros e na purificação do ar que respiramos.”
“Essa troca entre árvore e observador tem em Bachelard (1957) a interpretação da busca do engrandecimento da alma, enriquecido pelos dois interiores: da árvore e daquele que a aprecia, afinal a árvore se engrandece a partir de nossos sonhos e imaginação e, da relação humano-árvores".

E em não sendo Salvador uma cidade bem arborizada só nos resta mostrar suas poucas árvores dentro de um contexto quase folclórico, próprio de nossa capital. São casos isolados:




Pelo que se nota acima, são árvores remanescentes de tantas outras da mesma espécie que existiam no lugar e que, por falta de manutenção e maus tratos pela população, deixaram de existir.
ALAGADOS

Leitura opcional: A canoa “Ilha de Maré” reapareceu na Ilha disputando uma regata.

PRÓLOGO


A "Ilha de Maré" fora colocada sobre cavaletes num canto da praia e fora feita uma cobertura de palha de coqueiro para evitar o sol. Suas velas foram substituídas por algo melhor, naturalmente dentro das mesmas dimensões das anteriores e fora feita uma nova pintura. Ficou um brinco e em dia aprazado os dois amigos saíram a navegar em direção aos Alagados. Levavam uma tarrafa, emprestada pelo velho Ju. Se vissem algum peixe, iriam tarrafear.  Dirigiam-se como se fossem ao passado, mas as águas não eram as mesmas de antes. Sobremaneira turvas e quietas sem o balançar dos peixes em cardumes. Alcançaram o centro da enseada por volta das nove horas. Arriaram as velas e Cal se posicionou na proa da embarcação com a tarrafa em posição de arremesso. Bel jogou a 5 metros da canoa, pedaços de pão para atrair os peixes.  A superfície da água começou a tremer. Estavam a comer. Cal envolveu aquele lugar com a grande tarrafa e iniciou o recolhimento. Presos às malhas dezenas de baiacus se debatiam. Julgavam que fossem tainhas como antigamente. Agora era aquele peixe venenoso. Só poderia ser ele em meio àquela água turva e nojenta. Retornaram ao mar o resultado daquela pescaria. Içaram as velas e voltaram à ilha. No dia seguinte, devolveram aos médicos a “ Ilha de Maré”.

Fim


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