terça-feira, 26 de abril de 2011

BARRA – DESTAQUES – PRIMEIRA PARTE

Como já é sabido, temos um outro blog denominado” Circuito Barra de Vila Pereira à Vila Catharino”. Através dele, circulamos entre a Barra onde era a Vila Pereira até Vila Catharino, onde era o reduto de Diogo Álvares Correia e Caharina Paraguaçu, sua mulher.

Através dele, fizemos três a quatro postagens destacando aspectos urbanísticos e sociais desse importante espaço de nossa cidade que é a Barra, entendendo como tal toda esta área que vai do Morro do Cristo até a Praia do Porto.

Já tivemos oportunidade de em “Salvador-História Cidades Baixa e Alta”, o presente blog, focalizar o Morro do Cristo, a Praia do Farol, a Ponta do Padrão que é o nosso Farol da Barra, Edifício Oceania, o Gabarito das Av. Oceânica.

Falta justamente falarmos de outros componentes existentes na área ou nas proximidades, antes de chegarmos ao Forte de Santa Maria onde começa a Praia do Porto, nosso próximo destino.

Assim posto, vamos pincelar o que é de mais interessante nas referidas postagens do blog Circuito Barra.

Vamos começar picante, guardadas as devidas proporções। Numa pesquisa que realizávamos no Google Earth, fomos surpreendidos pela denominação que este site dá à “praia” que fica ao lado direito do Farol, aquela entre o mesmo e o Forte de Santa Maria no Porto. Simplesmente Praia da B. Fomos ao local e fotografamos a formação rochosa que ali existe que lembra perfeitamente o órgão sexual feminino, daí o nome da praia.



Realmente dá para pensar!

Esta a é a praia





Vista da área a partir do Farol

Devido às formações rochosas que se estendem até 400 metros da praia, este espaço é excelente para a prática de mergulho, tanto para iniciantes quanto para mergulhadores profissionais. A festa do mergulho começa quase a 100 metros onde se acham os escombros de um grande navio naufragado em 1875. É o Maraldi, de origem inglesa. Ele vinha de Buenos Aires e seu destino final seria  Amsterdá na Holanda, mas teve que dar uma entrada na Baia de Todos os Santos possivelmente para reabastecimento. Trazia uma carga de lã e couro argentinos. Foi surpreendido pelas fortes correntezas existentes na área do farol.

Até pouco tempo atrás, numa pequena faixa de praia encostada ao morro do farol, existia uma amendoeira secular. Cresceu ali de forma anômala, projetando-se em direção ao mar, como que buscando-o.



A amendoeira



O ano passado, quando da reforma dos passeios da Barra, a árvore foi extirpada

Em verdade, quando assim procederam, ela já estava morta. Só servia para marginais e viciados que em baixo de seu tronco e galhos, faziam das suas. Virou até residência numa certa época. Quem passava na área via os “panos” estendidos por toda a sua extensão. As panelas também. Sinal de gente “morando à beira-mar”

Outra coisa que foi extirpada na mesma época em que retiraram a antiga amendoeira foi uma casinha que existia na borda do morro, justamente do lado contrário à Praia do Farol, ou seja, do lado que estamos abordando.


Em verdade, não era uma casa. Era um pequeno depósito de cana de açúcar. Um fazedor de caldo de cana que atuava no passeio em frente ao farol mantinha o referido depósito.

A referida casa é a pequena saliência que se vê ao lado direito do morro.

Há se reparar também, que o farol está todo branco. Hoje é pintado em listras preto e branco. Ficou bem melhor!

Por fim uma foto antiqüíssima da área que estamos abordando. Deve ser do fim do século retrasado. Ainda não existia a balaustrada, muito menos a atual avenida. As casas chegavam à beirada do mar. No centro da foto, ao alto, o palacete que depois virou o Hospital Espanhol. Reparem como a rua se eleva após os coqueiros. Devia ser o acesso à referida casa com uma dobrada para a direita.

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