quarta-feira, 27 de abril de 2011

BARRA-VILAPEREIRA – FORTE DE SANTA MARIA

A Barra além de ser uma sucessão de belezas naturais, foi beneficiada pelas circunstâncias de uma época. Salvador vivia em pânico com as ameaças de ataque e invasão por parte de diversas nações e até de comerciantes que se cotizavam e formavam esquadras de ataque com vistas ao domínio do comercio de açúcar mundial, como era, efetivamente, a Companhia das Índias Ocidentais, uma espécie de “Sociedade Anônima” constituída por comerciantes riquíssimos dos chamados Países-Baixos (Leiden-Flandres-Amsterdã).

Diz-se também que Salvador era a rota “obrigatória” para o Oriente. Por aqui se ia às Índias. O açúcar entretanto era o interesse maior. Praticamente, ele pagava as despesas de viagem. Espertíssimos!

A fim de conter essas ameaças, fez-se um plano de defesa de Salvador com a construção de diversas fortalezas na entrada da Baía de Todos os Santos. Foram os casos dos fortes Santo Antônio da Barra, Santa Maria e São Diogo e há ainda que inclua nesse esquema, o antigo forte do Rio Vermelho e o Forte da Gamboa.

Se os morros e as enseadas que a Barra possui já são belíssimos, quando se fizeram os fortes sobre e entre eles, foi como que uma decoração capichosa e riquissima da natureza.

O Forte de Santa Maria é uma das peças dessa decoração. Foi construido sobre o amontoado de recifes que existe no local. Belíssimo aproveitamento! A autoria do feito é atribuída ao engenheiro militar Francisco de Frias Mesquita que só viveu 31 anos.

Mesmo assim, em seu pouco tempo de vida: ele projetou e acompanhou a construção do Forte dos Reis Magos em Natal, Forte do Mar em Salvador, Forte de São Diego em Salvador, Forte de São Mateus no Rio de Janeiro, entre outras obras.

O Forte de Santa Maria apresenta “planta na forma de um polígono heptagonal, com quatro ângulos salientes e três reentrantes e parapeitos à barbeta. Sobre o terrapleno ergue-se edificação de dois pavimentos abrigando as dependências de serviço (Casa de Comando, Quartel da Tropa e outras), e abaixo dela, a Casa da Pólvora, recoberta por abóbada de berço”.
Essa é a descrição dos entendidos sobre a fortaleza.



Forte de Santa Maria


Numa descrição menos complicada, o nosso forte tem forma eptogonal, bem ao estilo italiano.

Seu nome “Santa Maria” foi dado em homenagem à Nossa Senhora. Pertence à Marinha. Como curiosidade, já serviu como depósito de bóias de balizamento. Outra curiosidade histórica: há uma placa comemorativa ao lado direito do Portão de Armas com os seguintes dizeres:

"Aqui desembarcaram aos 9 de maio de 1624 os holandeses comandados por Albert Schonten e aos 30 de maio de 1625 as primeiras tropas restauradoras de D. Fadrique de Toledo Osório. IGHB 1938"



Entre barcos, carros, etc.

Um cais na sua lateral. Um tanto duvidoso!


Subida

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